sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

trabalhando =) ► Sinodal 2015

Muitas pessoas acham que desenhar envolve apenas talento e aptidão - que a gente nasce com isso e pronto. Mas não é verdade. É preciso dedicação e amor. A cada dia se aprende novas técnicas, ângulos e perspectivas antes nunca pensadas. A cada dia um novo projeto... e se desenha todos os dias... desde muito pequeno. Na vida adulta, se faz faculdade, se aprimora com cursos.. Têm-se de investir em bons computadores e programas; em papéis, canetas, pincéis e tintas. É exigido esforço da mão, da coluna, dos olhos... por longas horas. É necessário pesquisar referências para poder-se criar e, cada desenho, é como um filho que a gente entrega ao cliente e público, torcendo para que seja bem recebido e valorizado. No mercado da arte também existe concorrência e o artista também tem contas a pagar como todo mundo. Viver do desenho e para o desenho exige perseverança. Nem todo mundo leva o profissional da arte a sério! Muitas vezes ouvi pessoas dizendo "ahh como eu queria desenhar assim!" Será? Alguns supõem que tudo é feito na brincadeira e diversão e o artesão se vê em meio a preconceitos. Tem dias que a gente cansa, que a hérnia de disco lateja, que as mãos ficam trêmulas e que a conta bancária assusta.. dai a cachorra olha pra gente com jeito pidão e o sol brilha lá fora... e então vem o amor ao que se faz.. e a gente não desiste e não pára. Meu desenho nunca foi perfeito. Mas ele 'É'. Existe, acontece. Nunca me abandonou: fosse em momentos de alegria, ou em períodos de lamento, meu desenho estava lá, como um bom amigo deve ser. Sou grata a ele. Um dia irão me perguntar "o que fizeste do teu talento?" e eu irei responder: "foi meu talento quem me fez".

Trabalhando na mesa de luz.

Calque a ser retocado e esboço.